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Fim
da Frente Parlamentar da Segurança Pública revela um governo indiferente à
criminalidade em Pernambuco
O
Governo do Estado, demonstrando mais uma vez estar totalmente alheio às vozes
das ruas e mais preocupado com sua imagem do que com a vida do povo
pernambucano, articulou, nesta terça-feira (9), a descontinuidade da Frente
Parlamentar em Defesa da Segurança Pública. A decisão seguiu a orientação da
liderança do seu governo na Assembléia Legislativa e foi chancelada por 23 votos
contra e apenas 7 votos favoráveis a manutenção da
Frente.
O
fato evidencia uma grave inversão de valores entre aqueles que, em tese,
deveriam representar o povo pernambucano. No momento em que todas as modalidades
de crimes vêm disparando no estado, quando a sociedade tem clamado por mais
segurança e tem se sentido abandonada, os interesses políticos e particulares de
alguns pesaram mais. O dilatado placar foi sintomático: estamos entregues a um
executivo autoritário e a um legislativo majoritariamente subserviente. Ambos
com planos e interesses que não conseguem ir além da eleição que acontece em
2018 – obviamente ressaltando as raras exceções.
O
SINPOL tem o dever de lutar por melhores condições de trabalho e a valorização
do Policial Civil. Nesse sentido, pôde contar várias vezes com a atuação da
Frente. Além disso, também assume a responsabilidade de contribuir com todo o
povo pernambucano, apresentando gargalos e soluções para uma segurança pública
mais eficiente. Nesse sentido, a Frente Parlamentar também teve um relevante
papel. A conturbada conjuntura do nosso país, com tamanho descrédito dos
políticos, nos apresenta a necessidade de uma reinvenção, com novas práticas
institucionais e republicanas. Não mais se admite que questões meramente
políticas se sobreponham a outras que são fundamentais. A segurança pública de
um estado inteiro não pode ser usada como um “cavalo-de-batalha” sobre o
tabuleiro de xadrez. O caso é literalmente uma questão de vida ou
morte.
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