O país precisa voltar os olhos para o
sistema penitenciário.
Estudo realizado pelo Ministério da
Justiça, através do INFOPEN (Levantamento Nacional de Informações
Penitenciárias), aponta que 70% dos reeducandos que se encontram encarcerados
nas unidades prisionais do Estado de Pernambuco cometeram crimes de tráfico,
roubo ou homicídio.
São crimes que a população
infelizmente está acostumada a se deparar no dia a dia, inclusive a própria
mídia já não destaca tais ocorrências, com a mesma relevância que era dada num
passado não tão distante.
Além disso, já temos estudos que
demonstram que o país tem aproximadamente 600 mil pessoas encarceradas, e pouco
mais de 200 mil vagas nas unidades penitenciárias, ou seja, em sua grande
maioria, temos superlotação carcerária.
Não dá para jogar para debaixo do
tapete a realidade que se apresenta em nossa sociedade: o preso não encontra
ressocialização nas cadeias e presídios do país, muito pelo
contrário.
Ademais, este indivíduo não vai ficar
eternamente fora do convívio social, pois a legislação, branda como é, logo o
reinsere na sociedade e sem perspectiva de vida volta, em sua maioria, para o
crime, pois não experimentou a vivência da reeducação.
É preciso que o poder público análise
com critério e busque a efetiva ressocialização das pessoas que se encontram
recolhidas em unidades carcerárias e busquem alternativas, com aplicação de mais
investimentos, para que o preso encontre novas perspectivas na vida, seja com o
aprendizado de uma profissão, que lhe fornece dignidade e oportunidade de
reinserção social; seja através da educação, que abre os seus horizontes; seja
pela força no poder do Evangelho, em busca de uma vida diferente, com princípios
e pilares renovados para enfrentar, com bases sólidas, os desafios do cotidiano,
ou com todas essas questões juntas, tudo isso com o imprescindível apoio
familiar, para o ajudar a reencontrar novos rumos na reconstrução de sua
história.
Fica a reflexão. Esteja atento à
próxima edição da coluna Hora da Cidadania e envie sua opinião, crítica ou
elogio para o e-mail: ericklessa04@gmail.com.
Do Blog Do Adielson Galvão
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